terça-feira, 2 de setembro de 2008

Reencontro

Sempre chego ao local de trabalho e imediatamente bato o ponto. Sabe como é... trabalhador chega mais cedo somente pra sair mais cedo e nunca ajudar um pouco mais o patrão. O estranho é que hoje, particularmente, eu que não uso lápis, antes de entrar no serviço fui comprar um. Primeira loja que entrei não tinha o tipo que queria - procurava um grafite* - na segunda só tinha informação, o que me deu mais lucro que a anterior. Pois bem, fui na terceira loja, dessa vez uma papelaria completa, e é óbvio que a prateleira estava derramando tanto lápis. Quando, lindo e satisfeito com minha fulga consumerista, dou de cara com uma pessoa que há muito não via. Falei depois do cumprimento habitual (aquele beijo único perto do pescoço combinado com um cheiro em meio a um abraço); Olá, tudo bem? A resposta, Tudo. E contigo? Bem também, retruquei. Pois é, vou indo, bater ponto, sabe como é... Depois disso, subi e bati meu ponto. Pode até paracer que não foi tempo suficiente para fazer com que eu passasse um certo tempo pensando naquele reencontro. "Ela continuava linda; um pouco mais larga na cintura, nada que a deixe menos bela, o contrário, ficou até mais gostosa, apesar de eu achar o antes mais no jeito. Sempre falei, Se fosses minha namorada, não precisaria tomar pílula; Mas... cada qual no melhor caminho. Não entendi ainda, achava que ficaria meio estremecido, saudosista, algo do tipo. Nada. Um reencontro aguado. Engraçado, uma volta imensa antes de entrar no trabalho, e o que acontece... tecnicamente falando, nada!" Outro dia apareceu uma loira linda, por mim não procurava, mas sempre nos encotrávamos. Não há trocas de olhares nem de saudações, mas muitos encontros casuais: na lanchonete, no shopping, no restaurante, na papalaria e em todo lugar nos arredores do meu trabalho. O fato é que minha perna esquerda treme, fico todo sem jeito, não sei pra onde olho, e titubeio antes de fazer qualquer coisa. Faço-me a seguinte pergunta: as coisas não são mais como antes ou apenas se transferem para outras pessoas? Fico na dúvida, no entanto, entre essa dúvida há uma certeza, a de que esta última senhorita vai ficar cada vez mais presente no meu caminho.

*Em algumas regiões chamado de lapiseira.

7 comentários:

Paula Carolinny disse...

logico que pode copiar meu amor.

Luna disse...

Bonitas palavras.
As mulheres realmente te inspiram hein Danilo? hehe.

:*

Monique. ;) disse...

Hummm... bem inspirador, hein?!
E olha que dessa história de "treme-treme" eu entendo um bocado, hehehe!
Beeejjjooo!

Anônimo disse...

Se fosse sua namorada não tomaria pilula?? Por que? Acha que a "cintura mais grossa" tem relação com isso? Olha que muitas vezes não.
Nem sei mais o que é ficar tremula por alguem... Mas é bacana, passei 3 anos assim, no meu caso as coisas mudaram mesmo, nao foram transferidas para outras pessoas.
Xeros

Anônimo disse...

Oi, Danilo! Sempre me imagino reencontrando meus "amores eternos" e morro de medo de sentir muita coisa e de não sentir nada... :-) Delícia de texto.
Obrigada pelo comentário lá... Fiquei muito feliz com o elogio e com a sua presença... Beijão!

Xuxudrops disse...

Hum,apoiado Danilo! Fala com a loira, ao menos um bom dia pra quebrar o gelo! rsrs
Ah na Santa Suja, a intenção não era profanizar, mas sim falar de como os homens ás vezes endeusificam as mulheres e elas nada valem (algumas são assim, é verdade).
Bom restinho de semana, um beijo!

Monique. ;) disse...

Há!!!
Concordo com tudo o que dissestes, Danyllo... com exceção da tal da "cerva"...
É amaaaarrrgaaa, afff!!!
Prefiro Ice, kkkkkk...
Beeejjjoo.