sexta-feira, 7 de março de 2008

A Vida Que Sonhei

“Hoje tenho que a vida que sempre sonhei. Não preciso mais ajudar o pai no armazém, nada de carregar saco de arroz nem cereal algum; nada de ficar horas depois do expediente conferindo mercadoria ou prestando conta do caixa... nada de cidade do interior. Hoje eu moro na capital, tenho um excelente emprego, muito bem remunerado, tenho independência, tenho meu apartamento - minha casa, minha – e não escuto ninguém me mandando fazer. tem uma geladeira cheia de cerveja e não preciso fumar escondido ( a carteira de cigarros fica aqui mesmo em cima da mesa da sala). Trabalho em casa, num preciso nem escutar blablablá de chefe. Passo o dia em casa, moro sozinho e num tem ninguém pra me encher o saco. Que maravilha. Engraçado, só sei o que se passa no mundo graças aos portais de informação da rede mundial de computadores, mas deixo a TV ligada o dia inteiro, nem sei o porquê.”

Ahn! Davi, tu estais aí? Acende a lâmpada! Cadê o pai e a mãe? Cara, eu tive um sonho bizarro. Começava até bem, tudo que eu sempre quis, mas, meu irmão, parecia que eu era um escravo e estava era preso. Nam, nunca mais penso nisso. Não quero mais nem pensar em sair daqui de perto de vocês. Tu não vai acreditar, mas o sonho era tão real que até musica de fundo tinha, Simple Man, do Graham Nash. Apaga a luz, velho, qua amanhã eu tenho um monte de coisas pra fazer no armazém e eu não posso ficar aqui parado – acordado.