quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Programa de TV Preferido

Há quem goste do Fantástico, de futebol, do BBB, desenhos animados e até do Domingão do Faustão, mas o meu favorito (não é a Favorita) é a Propaganda Eleitoral. Espero ansioso a quinta-feira. Esse programa passa às terças e quintas, mas só gosto do programa de quinta, pois é o dia dos vereadores; os candidatos a prefeito são muito chatos, sem um pingo de criatividade; eles se resumem a criticar e mostrar os podres dos outros, pura baixaria (muito semelhante ao programa da Márcia Goldsmith), exceto aqueles candidatos sem a menor chance, que apelam pelas reformas impossíveis. Já os candidatos a vereadores são excelentes, humoristas de primeira linha. Não estou de brincadeira, isso não uma criticazinha de blogueiro pé de balcão, é sério mesmo. Só falto rolar no chão de tanto rir. Os caras são de uma criatividade inimitável, coloca no bolso Casseta e CQC fácil. Outro dia tomei um susto, o instrutor da academia onde uma vez por ano apareço, falando na TV, Levarei academia de musculação para as periferias, todos tem o direito de puxar ferro; o cara é muito gente boa, mas realmente a população está ferrado se eleito o universal trainer. E o carroceiro pedindo voto de seus pares em defesa dos interesses da categoria? Estamos numa capital, acredito que é que mais vende carro no Brasil (proporcionalmente falando), acho que a porca é o destino dele. O radialista falando como se estivesse apresentando seu programa matinal; o vereador profissional mendingando por um 5º mandato; a prostituta como o projeto "sexo para todos" (verdade, podem acreditar); o pastor evangélico nem precisou dizer que era pastor, Meu amigo, minha amiga, seu voto é sua salvação e é a partir dele que se libertará!!! (não posso negar que a deixa é boa). Porém, não obstante e contudo, tenho uma pequena crítica a fazer em defesa dos partidos políticos pobres e sem grandes coligações (apesar de também serem uma minoria e eu estar os defendendo, não sou candito a vereador, certo), mas eles tem muito pouco tempo para expor seus projetos e defender suas idéias. Simplesmente dizem, Peço seu voto de confiança; as vezes mal dá tempo dizer o número. Mesmo assim não deixam de ser bons. Bom, chega de programa eleitoral, agora eu vou ver a Favorita.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Reencontro

Sempre chego ao local de trabalho e imediatamente bato o ponto. Sabe como é... trabalhador chega mais cedo somente pra sair mais cedo e nunca ajudar um pouco mais o patrão. O estranho é que hoje, particularmente, eu que não uso lápis, antes de entrar no serviço fui comprar um. Primeira loja que entrei não tinha o tipo que queria - procurava um grafite* - na segunda só tinha informação, o que me deu mais lucro que a anterior. Pois bem, fui na terceira loja, dessa vez uma papelaria completa, e é óbvio que a prateleira estava derramando tanto lápis. Quando, lindo e satisfeito com minha fulga consumerista, dou de cara com uma pessoa que há muito não via. Falei depois do cumprimento habitual (aquele beijo único perto do pescoço combinado com um cheiro em meio a um abraço); Olá, tudo bem? A resposta, Tudo. E contigo? Bem também, retruquei. Pois é, vou indo, bater ponto, sabe como é... Depois disso, subi e bati meu ponto. Pode até paracer que não foi tempo suficiente para fazer com que eu passasse um certo tempo pensando naquele reencontro. "Ela continuava linda; um pouco mais larga na cintura, nada que a deixe menos bela, o contrário, ficou até mais gostosa, apesar de eu achar o antes mais no jeito. Sempre falei, Se fosses minha namorada, não precisaria tomar pílula; Mas... cada qual no melhor caminho. Não entendi ainda, achava que ficaria meio estremecido, saudosista, algo do tipo. Nada. Um reencontro aguado. Engraçado, uma volta imensa antes de entrar no trabalho, e o que acontece... tecnicamente falando, nada!" Outro dia apareceu uma loira linda, por mim não procurava, mas sempre nos encotrávamos. Não há trocas de olhares nem de saudações, mas muitos encontros casuais: na lanchonete, no shopping, no restaurante, na papalaria e em todo lugar nos arredores do meu trabalho. O fato é que minha perna esquerda treme, fico todo sem jeito, não sei pra onde olho, e titubeio antes de fazer qualquer coisa. Faço-me a seguinte pergunta: as coisas não são mais como antes ou apenas se transferem para outras pessoas? Fico na dúvida, no entanto, entre essa dúvida há uma certeza, a de que esta última senhorita vai ficar cada vez mais presente no meu caminho.

*Em algumas regiões chamado de lapiseira.